Julio Gonçalves

Vieses Cognitivos: parte 2

Conteúdo escrito por Jennifer Craco

Já falamos, neste post, sobre a parte 1 dos vieses cognitivos, que diz respeito à sobrecarga de informações e como nosso cérebro busca constantemente por atalhos para lidar com isso. Portanto, vamos começar a destrinchar nossa parte 2 – a falta de sentido! A seguir, você lerá (detalhadamente, na medida do possível) mais sobre os vieses relacionados a essa segunda problemática.

FALTA DE SENTIDO

O mundo pode ser bastante confuso às vezes. Em alguns momentos, uma pequena dica contextual é tudo que temos – mas precisamos gerar algum tipo de sentido com aquilo de modo a tentar sobreviver. As informações vêm, ligamos os pontos e preenchemos as lacunas da melhor forma possível, com coisas que já sabemos sobre o mundo; dessa forma, atualizamos pouco a pouco nossos modelos mentais sobre o universo em que vivemos.

CONJUNTO 1 – Nesse sentido, nós encontramos histórias e padrões mesmo nos dados mais escassos. Já vimos na parte 1 que nós, enquanto seres humanos, tendemos a filtrar muitas informações – mas esses filtros têm seu preço. Agora, com informações faltantes e sem o luxo de uma história completa, nosso querido cérebro deve reconstruir o mundo de modo que tudo pareça mais completo. Alguns dos vieses cognitivos relacionados a isso são os seguintes:

Confabulação: É o processo de preencher lacunas na memória com informações falsas que a pessoa acredita serem verdadeiras. Esse viés pode ocorrer sem intenção de enganar, resultando em memórias distorcidas ou inventadas para tornar a narrativa mais coesa.

Ilusão de Agrupamento: Refere-se à tendência de ver padrões ou agrupamentos em dados que são, na verdade, aleatórios. Isso acontece porque nosso cérebro procura estrutura e ordem, mesmo quando não há nenhuma.

Insensibilidade ao Tamanho da Amostra: É o erro de ignorar o impacto do tamanho da amostra ao avaliar a significância de dados. Uma amostra pequena pode não ser representativa e, portanto, pode levar a conclusões incorretas sobre a população em geral.

Negligência da Probabilidade: Consiste em subestimar ou ignorar a probabilidade real de eventos ocorrerem. Isso pode levar a julgamentos imprecisos e decisões baseadas em percepções errôneas de risco.

Falácia Anedótica: É a tendência de basear decisões e crenças em histórias pessoais ou anedóticas, em vez de em evidências sistemáticas ou estatísticas. Isso pode distorcer a compreensão dos fatos e levar a conclusões incorretas.

Ilusão de Validade: Acreditar na precisão ou relevância de uma ideia, teste ou método com base em sua aparência ou confiança percebida, sem considerar evidências adequadas de sua eficácia. Isso pode levar a confiar em ferramentas ou informações que não são realmente válidas.

Falácia do Homem Mascarado: É o erro de ignorar a identidade ou características específicas de um indivíduo em uma situação, levando a julgamentos incorretos. O viés ocorre quando características pessoais são ocultas, e o foco é apenas no comportamento ou características gerais.

Ilusão da Recência: Dar mais peso às informações mais recentes ao formar julgamentos ou tomar decisões, ignorando a importância de dados mais antigos. Isso pode distorcer a percepção da frequência ou relevância dos eventos.

Falácia do Jogador: Acreditar que resultados passados em eventos aleatórios afetam a probabilidade de eventos futuros, como achar que uma sequência de derrotas em um jogo de azar significa que uma vitória está próxima. Isso desconsidera a independência dos eventos aleatórios.

Falácia da Mão Quente: Supor que uma sequência de sucessos em eventos aleatórios indica que um sucesso contínuo é mais provável, quando, na verdade, cada evento é independente. Isso leva a uma falsa sensação de invencibilidade ou competência contínua.

Correlação Ilusória: Perceber uma relação entre duas variáveis quando, na realidade, nenhuma relação significativa existe. Esse viés pode levar a interpretações incorretas e conclusões baseadas em padrões que são meramente acidentais.

Pareidolia: A tendência de ver padrões significativos, como rostos ou formas reconhecíveis, em estímulos visuais aleatórios ou indistintos. Esse viés é uma forma de nossa mente tentar encontrar ordem em dados caóticos.

Antropomorfismo: Atribuir características humanas, emoções ou intenções a objetos, animais ou entidades não-humanas. Esse viés pode levar a uma compreensão distorcida das ações e comportamentos de seres não-humanos, atribuindo-lhes motivação e intenções humanas.

CONJUNTO 2 – Ademais, temos essa tendência de preencher características alheias com estereótipos, generalizações e histórias passadas sempre que surgem novas instâncias específicas ou lacunas na informação. Quando possuímos informações parciais sobre algo específico que pertence a um grupo de coisas que conhecemos bem, nosso cérebro facilmente preenche as lacunas com suposições ou com o que outras fontes confiáveis oferecem. De maneira bastante conveniente, pode-se dizer, acabamos esquecendo quais partes eram reais e quais foram posteriormente adicionadas. Veja como exemplo os seguintes vieses:

Erro de Atribuição de Grupo: É a tendência de atribuir as características ou comportamentos de indivíduos a todo o grupo ao qual pertencem, ignorando as diferenças individuais. Por exemplo, se um membro de um grupo age de certa maneira, pode-se generalizar que todos os membros do grupo agem da mesma forma.

Erro de Atribuição Final: Refere-se ao viés de atribuir as ações de um grupo a características internas e imutáveis do grupo, enquanto se ignora o contexto situacional. Isso pode levar a julgamentos injustos sobre a natureza dos grupos e suas ações.

Estereotipagem: Envolve atribuir características generalizadas e frequentemente simplistas a um grupo de pessoas com base em atributos como etnia, gênero ou profissão. Esses estereótipos podem levar a julgamentos e comportamentos injustos ou imprecisos.

Essencialismo: É a crença de que os grupos ou categorias têm uma essência fixa e inata que define sua identidade. Isso pode levar a assumir que todos os membros de um grupo compartilham características fundamentais e imutáveis, desconsiderando a variabilidade individual.

Fissura Funcional: Refere-se à dificuldade de usar um objeto para algo além de sua função original e pretendida. Isso ocorre porque estamos fixados na maneira como um objeto é tradicionalmente usado, limitando nossa criatividade para outras utilidades.

Efeito de Credencial Moral: É a tendência de agir de maneira menos ética depois de ter demonstrado um comportamento moral ou obtido uma credencial moral. A obtenção de uma “credencial” moral pode levar a uma sensação de permissão para comportamentos menos éticos posteriormente.

Hipótese do Mundo Justo: É a crença de que o mundo é inerentemente justo e que as pessoas recebem o que merecem. Esse viés pode levar a culpar as vítimas por suas desgraças e ignorar as injustiças estruturais e aleatórias.

Argumento da Falácia: Envolve usar argumentos falaciosos para tentar convencer os outros, desconsiderando a validade dos argumentos. Em vez de abordar a lógica real de uma questão, se baseia em erros de raciocínio para sustentar uma posição.

Viés de Autoridade: É a tendência de aceitar informações ou decisões de uma figura de autoridade como verdadeiras ou corretas sem questionamento. Isso pode levar a seguir conselhos ou opiniões apenas porque vêm de alguém com uma posição de poder.

Viés de Automação: Refere-se à confiança excessiva em sistemas automáticos ou tecnológicos, que pode levar a negligenciar erros ou falhas desses sistemas. Acreditar cegamente na precisão das máquinas pode resultar em decisões equivocadas.

Efeito de Adesão: É a tendência de adotar e manter uma opinião ou comportamento simplesmente porque outros o fazem. A pressão social e a percepção de popularidade podem influenciar nossas escolhas e opiniões.

Efeito Placebo: Esse é famoso! Refere-se à melhoria dos sintomas ou sensação de bem-estar em resposta a um tratamento inerte ou sem efeito específico, devido à crença de que o tratamento é eficaz. O efeito é impulsionado pela expectativa e pelo poder da sugestão.

CONJUNTO 3 – Nós também imaginamos coisas e pessoas mais familiares ou de que gostamos mais como se elas fossem melhores que outras coisas e outras pessoas em um geral. É similar ao que falamos acima, mas os “preenchimentos” que fazemos, nesse caso, tendem a também assumir algumas características de valor e qualidade acerca daquilo que estamos analisando. Exemplos disso são:

Efeito Halo: É a tendência de permitir que uma característica positiva ou negativa de uma pessoa ou coisa influencie a nossa percepção geral sobre ela. Por exemplo, se alguém é fisicamente atraente, podemos assumir que também é inteligente e gentil, mesmo sem evidências concretas.

Viés de Grupo: Refere-se à preferência e valorização dos membros do próprio grupo em relação aos de outros grupos. Essa tendência pode levar a uma avaliação mais positiva dos membros do grupo e a um tratamento mais favorável, enquanto se desfavorece ou discrimina os de fora.

Viés de Homogeneidade do Grupo Externo: É a tendência de perceber os membros de um grupo externo como mais semelhantes entre si do que realmente são, enquanto reconhecemos mais diversidade entre os membros do nosso próprio grupo. Isso pode levar a estereótipos e preconceitos.

Efeito de Raça Cruzada: É a dificuldade em reconhecer e distinguir rostos de pessoas de diferentes raças, comparado com a facilidade em identificar rostos da própria raça. Isso pode levar a uma menor capacidade de reconhecer indivíduos de outras raças e a uma percepção distorcida sobre eles.

Efeito de Torcedor: Refere-se à tendência de ver indivíduos em grupos como mais atraentes do que quando vistos isoladamente. A presença de outras pessoas pode aumentar a percepção de atratividade devido ao efeito de comparação social.

Efeito da Estrada Bem Trilhada: É a tendência de valorizar ou preferir opções ou rotas mais conhecidas e frequentemente usadas em vez de novas ou desconhecidas. Isso pode levar a uma resistência a mudanças e à preferência por métodos ou caminhos tradicionais.

Não Inventado Aqui”: Refere-se à tendência de rejeitar ou minimizar ideias ou produtos que foram desenvolvidos fora do próprio grupo ou organização, simplesmente porque não foram criados internamente. Isso pode resultar em uma falta de inovação e em um viés contra soluções externas.

Desvalorização Reativa: É o fenômeno onde algo é percebido como menos valioso ou desejável apenas porque foi proposto por uma parte oposta ou rival. Esse viés pode ocorrer em contextos de negociações e disputas, onde propostas do adversário são desconsideradas ou menos apreciadas.

Efeito da Positividade: Refere-se à tendência de lembrar e focar mais em experiências e informações positivas do que em negativas. Esse viés pode influenciar nossa visão geral da vida, levando a uma percepção mais otimista e a um bem-estar psicológico elevado.

CONJUNTO 4 – Além disso, também simplificamos probabilidades e números para serem mais “fáceis” para que os compreendamos. Algumas pessoas até são boas em matemática – mas nosso cérebro, nesse sentido, nem sempre é! É comum que ele presuma de maneiras bastante enganosas a probabilidade de ocorrência de alguma coisa, especialmente quando algum dado está em falta. Dê uma conferida:

Contabilidade Mental: É a tendência de categorizar e tratar o dinheiro de maneira diferente dependendo de sua origem ou destino, o que pode levar a decisões financeiras irracionais. Por exemplo, uma pessoa pode gastar um “dinheiro extra” de forma mais indulgente do que seu salário regular.

Viés de Normalidade: Refere-se à tendência de subestimar a probabilidade e a gravidade de eventos inesperados, acreditando que o que aconteceu no passado é um bom indicativo de como as coisas continuarão. Isso pode levar a uma falta de preparação para emergências e crises.

Apelo à Falácia da Probabilidade: Consiste em assumir que, porque algo é possível, é inevitável que aconteça. Esse viés leva a uma superestimação da probabilidade de eventos que têm uma chance baixa ou remota de ocorrer.

Falácia da Taxa Base: É a tendência de ignorar a taxa base (ou probabilidade geral) de um evento ao avaliar a probabilidade de um caso específico. Por exemplo, pode-se superestimar a chance de uma doença rara em um paciente com sintomas comuns, sem considerar a baixa incidência geral da doença.

Lei de Murphy: Dessa você já deve ter ouvido falar. É a crença de que “se algo pode dar errado, vai dar”. Esse viés reflete uma tendência a esperar o pior e a focar nas possíveis falhas, muitas vezes ignorando as chances de sucesso ou a possibilidade de que as coisas saiam bem.

Lei de Hofstadter: Afirma que “sempre leva mais tempo do que você espera, mesmo quando leva em conta a Lei de Hofstadter”. Esse viés é a tendência de subestimar o tempo necessário para completar tarefas, independentemente das previsões e planejamentos.

Efeito de Subaditividade: Refere-se à tendência de estimar a probabilidade de um conjunto de eventos individuais como menor do que a soma das probabilidades de cada evento considerado isoladamente. Isso pode levar a subestimar o risco total quando se considera um cenário abrangente.

Viés de Sobrevivência: É a tendência de focar apenas nos casos de sucesso e ignorar os casos de falha ou derrota, levando a conclusões enganosas sobre o que é necessário para alcançar o sucesso. Isso pode distorcer a percepção de causa e efeito e levar a erros de julgamento.

Viés de Soma Zero: Refere-se à crença de que o ganho de uma parte só pode ocorrer à custa de uma perda equivalente de outra parte, como se os recursos fossem fixos e limitados. Esse viés pode distorcer a percepção de oportunidades e colaborar para conflitos desnecessários.

Efeito de Denominação: É a tendência de gastar mais quando se utiliza dinheiro em menores denominações, como moedas, em vez de notas. Isso ocorre porque o dinheiro em pequenas quantidades pode parecer menos significativo, incentivando gastos mais frequentes e impulsivos.

Número Mágico 7±2: Refere-se à capacidade limitada da mente humana de processar e reter informações simultaneamente, que é geralmente entre 5 e 9 itens. Esse viés destaca a dificuldade em lidar com grandes quantidades de dados ao tomar decisões ou memorizar informações.

Ilusão do Corpo de Nadador: É a tendência de acreditar que os atributos físicos de um indivíduo são causados por sua prática ou dedicação, quando na verdade são resultado de uma seleção prévia. Por exemplo, acreditar que nadadores têm corpos assim devido ao treinamento, quando na verdade eles podem ser selecionados por já terem um corpo que se adapta bem à natação.

Ilusão do Dinheiro: Refere-se à tendência de se focar nos valores nominais de dinheiro sem considerar a inflação ou o poder de compra real. Isso pode levar a decisões financeiras baseadas em valores brutos, ignorando as mudanças no valor real do dinheiro.

Conservadorismo: É a tendência de dar mais peso a informações antigas e já estabelecidas do que a novas evidências ao formar opiniões ou tomar decisões. Esse viés pode resultar em uma resistência a mudar crenças ou ajustar previsões com base em novas informações.

CONJUNTO 5 – Agora, falemos de algo que na Terapia Cognitivo-Comportamental tem até outro nome: leitura mental. Achamos (com frequência) que sabemos o que os outros estão pensando. Podemos, inclusive, achar que os outros sabem o que pensamos – no fim, isso é apenas o que acontece por modelarmos a mente alheia a partir da nossa própria mente (ou simplificá-la mais do que deveríamos). A exemplo disso, temos:

Maldição do Conhecimento: É a tendência de assumir que os outros possuem o mesmo nível de conhecimento que você, dificultando a comunicação e a compreensão de informações. Isso pode levar a uma subestimação das dificuldades que os outros enfrentam ao tentar entender conceitos complexos ou especializados.

Ilusão de Transparência: Refere-se à crença de que suas próprias emoções e pensamentos são mais visíveis para os outros do que realmente são. Isso pode levar a uma comunicação inadequada e a expectativas errôneas sobre como os outros percebem suas intenções ou sentimentos.

Efeito Holofote: É a tendência de acreditar que você está sendo observado e avaliado mais intensamente pelos outros do que realmente está. Esse viés pode causar ansiedade social e uma sensação exagerada de autoconsciência, porque você assume que todos estão prestando atenção em você.

Efeito do “Poste de Luz”: Refere-se à tendência de procurar soluções ou dados apenas onde são mais fáceis de encontrar, em vez de onde seriam mais úteis. Isso ocorre quando focamos em áreas familiares ou óbvias, mesmo quando a solução para um problema está em outro lugar.

Ilusão de Agência Externa: É a tendência de atribuir eventos ou resultados a fatores externos ou forças além do controle pessoal, em vez de reconhecer a influência das próprias ações e decisões. Esse viés pode resultar em uma falta de responsabilidade pessoal e na tendência de buscar explicações externas para o sucesso ou fracasso.

Ilusão de Insight Assimétrico: É a crença de que você entende melhor os pensamentos e sentimentos dos outros do que eles entendem os seus. Isso pode levar a uma falta de empatia e uma percepção distorcida das interações sociais e das relações interpessoais.

Erro de Incentivo Extrínseco: É a tendência de sobrevalorizar recompensas externas (como dinheiro ou prêmios) em relação a recompensas intrínsecas (como satisfação pessoal ou realização) ao motivar o comportamento. Esse viés pode reduzir a motivação intrínseca e levar a uma dependência excessiva de recompensas externas para a realização de tarefas.

CONJUNTO 6 – Por fim (ufa!), nós também projetamos nossa mentalidade e suposições atuais no nosso passado e, também, no futuro. Não somos exatamente muito bons imaginando com que rapidez ou lentidão as coisas acontecerão ou mudarão ao longo do tempo, o que amplifica ainda mais esse problema. Dito isso, finalizamos com os seguintes vieses:

Viés de Retrospectiva: É a tendência de ver eventos passados como mais previsíveis do que realmente eram após o fato. Isso faz com que pensemos que sabíamos que algo iria acontecer desde o início, mesmo quando não tínhamos evidências suficientes na época.

Viés de Resultado: Refere-se à avaliação de decisões com base nos resultados finais, em vez de considerar o processo ou as informações disponíveis na hora da decisão. Isso pode levar a julgamentos injustos sobre a qualidade das decisões.

Sorte Moral: É a ideia de que o julgamento moral de uma ação pode depender de fatores externos e imprevisíveis que estão além do controle do agente. Assim, uma pessoa pode ser elogiada ou criticada não apenas por suas intenções e ações, mas também pelos resultados fora de seu controle.

Declinismo: Refere-se à crença de que as coisas estão piorando com o tempo, seja em termos de qualidade de vida, moralidade ou cultura. Esse viés pode levar a uma visão excessivamente negativa sobre mudanças e tendências sociais.

Efeito de Telescopagem: É a tendência de alterar a percepção do tempo em que eventos ocorreram, fazendo com que pareçam mais próximos ou distantes do que realmente são. Isso pode afetar a forma como lembramos e avaliamos acontecimentos passados.

Retrospectiva Rosada (Rosy Retrospection): É a tendência de recordar o passado de maneira mais positiva do que realmente era, ignorando ou minimizando aspectos negativos. Isso pode levar a uma visão idealizada e distorcida das experiências passadas.

Viés de Impacto: Refere-se à tendência de superestimar a intensidade e a duração das emoções futuras que resultam de eventos específicos. Isso pode levar a expectativas irreais sobre como eventos futuros afetarão nosso bem-estar.

Viés de Pessimismo: É a tendência de prever piores resultados para o futuro e de se concentrar nos aspectos negativos. Esse viés pode influenciar nossas decisões e atitudes, levando a um foco excessivo em riscos e problemas.

Falácia do Planejamento: Refere-se à tendência de subestimar o tempo, os custos e as dificuldades necessárias para completar tarefas, mesmo quando se tem experiência anterior com prazos semelhantes. Isso pode resultar em atrasos e na superestimação das capacidades.

Viés de Economia de Tempo: É a tendência de acreditar que podemos economizar mais tempo do que realmente é possível, frequentemente levando a sobrecarga de tarefas e planejamento excessivo sem considerar a realidade das limitações de tempo.

Viés Pro-Inovação: Refere-se à tendência de superestimar os benefícios e minimizar as desvantagens de inovações e novas tecnologias. Isso pode levar a uma aceitação precipitada de novas ideias sem uma avaliação crítica adequada.

Viés de Projeção: É a tendência de assumir que os sentimentos e pensamentos atuais vão se manter no futuro ou que os outros compartilham das mesmas percepções e emoções. Isso pode levar a erros na previsão de comportamentos e preferências futuras.

Viés de Restrição: Refere-se à tendência de superestimar nossa capacidade de controlar nossos impulsos e comportamentos futuros. Isso pode levar a decisões imprudentes, com a expectativa errônea de que seremos capazes de resistir a tentações ou manter controle.

Viés de Consistência Pessoal: É a tendência de manter uma visão consistente de si mesmo ao longo do tempo, mesmo quando as circunstâncias ou as evidências mudam. Isso pode levar a um autoentendimento distorcido e a resistência a mudar crenças ou comportamentos.

E aí? Essa lista fez com que você questionasse algumas coisas sobre o comportamento dos outros e o seu próprio comportamento? Esperamos que sim, e te aguardamos nos próximos textos!

Benson, B. (2023, April 30). Cognitive bias cheat sheet. Retrieved June 22, 2024, from Medium website: https://betterhumans.pub/cognitive-bias-cheat-sheet-55a472476b18#.2ezsqki3y

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