Já ouviu falar de reserva cognitiva? O nosso cérebro é um mestre do improviso e é plenamente capaz de encontrar maneiras alternativas de realizar algum trabalho – e coisas como resolver problemas e lidar com desafios necessitam de uma certa agilidade e de um conjunto de capacidades e habilidades que nosso cérebro desenvolve por meio de uma vida inteira de estudos e de curiosidade. Isso é reserva cognitiva!

O conceito teve origem no final da década de 1980, quando um grupo de pesquisadores descreveu indivíduos sem sintomas de demência – mas cujas análises de autópsia demonstraram alterações cerebrais que condiziam com um Alzheimer avançado. Por que, então, essas pessoas não tinham sintomas da doença? Pois tinham uma reserva cognitiva grande o suficiente para compensar os danos causados pelo Alzheimer e proporcionar um funcionamento relativamente normal do encéfalo. 

Desde então, mais e mais pesquisas têm demonstrado que pessoas com maior reserva cognitiva são mais capazes de evitar sintomas de alterações cerebrais degenerativas associadas à demência ou outras doenças cerebrais, como o Parkinson, a esclerose múltipla ou o conhecido AVE (acidente vascular encefálico, também chamado de AVC). Mas quem pensa que uma boa reserva cognitiva auxilia somente em casos de doenças e danos sérios como esses está enganado. Lidar com estresse, com cirurgias ou com toxinas no ambiente também são ocorrências muito comuns que exigem que nosso cérebro se esforce mais do que o normal. A reserva cognitiva também auxilia nisso. 

Portanto, pesquisadores da Harvard Medical School identificaram seis pilares para proporcionar ao nosso cérebro uma ótima reserva:

1. Coma seus vegetais!

2. Faça exercícios físicos regularmente.

3. Durma bem e por tempo suficiente.

4. Gerencie seu estresse (mesmo que possa parecer difícil)

5. Cultive contatos sociais.

6. Desafie continuamente o seu cérebro!

Mas veja bem: esses pilares são partes iguais de um plano coeso – ou seja, não é só comer uma folha de alface e achar que isso vai fazer milagres. Exercícios, dieta, sono, controle do estresse, interação social e estimulação mental… tudo isso é um grande time que trabalha em conjunto para produzir resultados a longo prazo. Comece aos pouquinhos (comendo a folha de alface, por exemplo) e vá acrescentando mais coisas à sua rotina. É, como sempre, o básico bem feito, não concorda?