Companheiros de inteligência artificial combatem a solidão

ROBÔ PRA ALIVIAR A SOLIDÃO

As queixas sobre solidão têm sido cada vez mais frequentes nos consultórios, o que costuma ser caracterizado pelo afastamento social e baixa autoestima, sendo associada a um risco de morte prematura e a riscos maiores de doença cardiovascular, demência, derrame, depressão e ansiedade. Pensando nisso, especialistas em robótica acreditam que a tecnologia de IA possa ajudar a aliviar a solidão, oferecendo interação social, ajudando as pessoas a praticarem habilidades sociais e oferecendo companheirismo para combater a solidão.

Há muito tempo, seres humanos pensam em conviver com robôs, o que foi bem ilustrado na sitcom futurista dos anos 60 “Os Jetsons”, que se passava no ano 2062, sendo que muitas das tecnologias previstas já se tornaram realidade no nosso dia a dia. O professor de robótica cognitiva da Universidade de Sheffield, PhD em Machine Learning, Tom Prescott, apresenta mais uma novidade tecnológica em seu novo livro “The Psychology of Artificial Intelligence”, em que argumenta sobre maneiras de como os avanços na tecnologia de IA podem oferecer uma solução parcial para aliviar a solidão, ajudando as pessoas a desenvolverem suas habilidades sociais, “quebrando o ciclo” da solidão com formas de interações sociais personalizadas e construindo sentimentos de autoestima.

O livro, publicado em julho de 2024, faz parte da coletânea “A Psicologia de Tudo” (encontrado em The Psychology of Artificial Intelligence (The Psychology of Everything)) e explora a relação entre psicologia e IA. Ele é dividido em sete capítulos que abordam temáticas como o que é inteligência, cérebros e computadores, blocos de inteligência, inteligência artificial e como conviver com a IA, debatendo questões como:

• Os computadores são realmente como cérebros?

• A IA superará os humanos?

• A IA tem a capacidade de ser criativa?

• Dar um corpo robótico à IA permitiria que ela criasse novos tipos de inteligência?

• A IA poderia nos ajudar a enfrentar as mudanças climáticas?

• Os humanos poderiam ‘pegar carona’ na IA para ampliar sua própria inteligência?

• A IA será capaz de ser consciente?

Estudos trazem números cada vez mais altos de pessoas sofrendo de solidão, e o professor Prescott acredita que pode haver valor em ter a companhia de uma IA como uma forma de interação social recíproca, capaz de romper o ciclo da solidão, construindo sentimentos de autoestima e ajudando a pessoa a manter ou melhorar habilidades sociais e a encontrar companhia tanto com outras pessoas quanto com inteligências artificiais. Prescott ainda adverte que esse relacionamento é passível de riscos e sugere que uma regulamentação para o uso seja necessária, pois pode gerar dependência.

O que você acha dessa ideia? Eu, por enquanto, ainda prefiro a companhia das minhas gatinhas.