
Mais de 1 em cada 5 crianças e adolescentes em todo o mundo apresentam sinais de transtorno alimentar, de acordo com um novo estudo.
O estudo destaca um grave problema de saúde pública que muitas vezes é subnotificado e subestimado, conforme a meta-análise publicada.
Os pesquisadores revisaram e analisaram 32 estudos de 16 países e descobriram que 22% das crianças e adolescentes apresentavam comportamentos alimentares desordenados.
Esses números foram maiores entre meninas, adolescentes mais velhos e aqueles com maior índice de massa corporal, ou IMC.
Transtornos alimentares podem ter diversas causas, como fatores genéticos, psicológicos, socioeconômicos e ambientais, e pode levar a uma série de complicações de saúde, como obesidade, desnutrição, diabete e doenças cardíacas.
Alguns dos principais sintomas da alimentação desordenada incluem a compulsão alimentar, a restrição alimentar, o comportamento alimentar seletivo e a perda de controle sobre a alimentação.
O tratamento envolve uma abordagem multidisciplinar, com a participação de nutricionistas, psicólogos e médicos especializados, que buscam identificar as causas subjacentes ao transtorno e desenvolver um plano de tratamento individualizado.
É importante a orientação psicológica aos pais e cuidadores, para estarem atentos aos sinais de alimentação desordenada em crianças e procurem ajuda especializada o mais cedo possível.
A prevenção também é fundamental, por meio da promoção de hábitos alimentares saudáveis e do estímulo a um ambiente familiar positivo e acolhedor.
López-Gil JF, García-Hermoso A, Smith L, et al. (2023) Global Proportion of Disordered Eating in Children and Adolescents: A Systematic Review and Meta-analysis. JAMA Pediatr. 177(4), 363–372. https://jamanetwork.com/journals/jamapediatrics/fullarticle/2801664

Júlio Gonçalves
Psicólogo e Supervisor
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