De acordo com uma pesquisa divulgada em janeiro pelo Centro de Pesquisas Pew, 40% dos pais estão muito preocupados que seus filhos possam experimentar ansiedade ou depressão, enquanto 36% estão “apenas” um pouco preocupados.

Apesar desses dados parecerem chocantes para alguns, eles seguem as tendências de crescente preocupação com a saúde mental dos jovens, com pesquisas mostrando que mais de um terço dos estudantes do ensino médio tiveram problemas com sua saúde mental durante a pandemia — e quase metade relatando níveis persistentes de tristeza e desesperança. 

No entanto, à medida que os problemas de saúde mental para crianças aumentaram, há menos prestadores de cuidados para atendê-los; em outras palavras, muitas famílias são forçadas a esperar por vários meses antes de ver um clínico. 

Especialistas recomendam que os pais invistam em sua própria saúde mental, já que isso é realmente uma das coisas mais eficazes que eles podem fazer pelas crianças. 

Quanto mais os pais são capazes de regular suas próprias emoções, mais as crianças podem aprender a fazer isso por si mesmas. Além disso, os pais podem incentivar interações saudáveis entre pares e atividades sociais, bem como introduzir ferramentas cognitivo-comportamentais como mindfulness e relaxamento. 

Por fim, o monitoramento dos pais também é importante, pois não só expressa preocupação, mas protege contra comportamentos de risco, como uso de substâncias e sexo inseguro — que, como nós sabemos, são bastante comuns do período da adolescência.