Ela é conhecida por sua aparência gótica, fascínio pelo macabro e habilidades sobrenaturais. Acertou quem pensou em Wandinha Addams, uma personagem sombria e peculiar da família Addams.
O mais interessante na Wandinha é que, pensando numa perspectiva psicopatológica, fica a pergunta: há sofrimento clinicamente significativo no que ela faz? Afinal, esse é um dos critérios de base de qualquer transtorno mental. Se ele não é preenchido, não há como fechar diagnóstico.
Bom, de qualquer modo, criativamente conseguimos, sim, descrever um cenário hipotético em que suas características cognitivas, emocionais, fisiológicas e comportamentais geram algum tipo de sofrimento.
Wandinha Addams, residente da mansão dos Addams, é uma jovem com interesses peculiares e um senso de humor macabro. Ela se envolve em atividades solitárias e tem dificuldade em se relacionar com os outros, mostrando um distanciamento emocional significativo. Nos últimos tempos, seu comportamento tem se tornado mais recluso, passando a maioria do tempo trancada em seu quarto. Sua família e amigos têm notado sua tristeza persistente, oscilações de humor inexplicáveis e a diminuição de sua energia.
Além disso, Wandinha desenvolveu um fascínio excessivo por elementos sombrios e sobrenaturais, envolvendo-se em práticas arriscadas, como experimentações com poções e rituais misteriosos. Esses comportamentos podem ser considerados prejudiciais e parecem estar relacionados ao seu desejo de escapar da realidade e buscar estímulos emocionais intensos.
A seguir estão características mais relevantes do funcionamento atual da Wandinha.
A partir disso, vamos para a definição dos problemas numa lógica cognitiva e comportamental, assim como potencias diagnósticos.
Um aspecto super relevante na FC negligenciado pela maioria dos psicoterapeutas: as causas e predisponentes no desenvolvimento do paciente!
Vamos às metas psicoterápicas, que devem serem construídas de forma colaborativa com o paciente, levando em consideração o nível de sofrimento, as necessidades do paciente, mudanças possíveis e esperadas, etc.
Eis o guia do tratamento! No caso da Wandinha, há muito o que fazer no nível de intervenção, como: estabelecimentos de objetivos de vida, vantagens e desvantagens do isolamento social, aceitação e autoestima, treino de assertividade e habilidades sociais, identidade e empatia, etc.
E aí, o que achou?
Nicoletti, E. A., Donadon, M. F. & Portela, C. (2022). Guia prático de Formulação de Caso em Terapia Cognitivo Comportamental. Porto Alegre: Sinopsys.
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As FC de personagens que você faz são fantásticas! Essa da Wandinha está imperdível! Mais didática, impossível !