Casais que não se recuperam rapidamente de uma discussão têm menos chance de permanecerem juntos! Isso foi o que descobriu um estudo recente, que buscou entender os tipos de apego que desenvolvemos na infância e como eles afetam a maneira com que os casais se relacionam. Pessoas que tiveram um apego mais seguro na infância são capazes de regular melhor suas emoções na vida adulta – o que inclui aquelas suscitadas em brigas e discussões com seu par, também, e isso leva a uma recuperação mais rápida após discutir com a parceria.

Mas o que é um apego seguro, afinal? É um padrão de vínculo que a criança forma com seus principais cuidadores. Dentre esses padrões, a criança pode vir a desenvolver um apego seguro, evitante, ambivalente ou desorganizado. O apego seguro é considerado o mais saudável, e pessoas que vincularam dessa forma com seus cuidadores se sentem confortáveis tanto com a independência quanto com a intimidade e geralmente têm opiniões mais positivas (e menos inseguras!) sobre seus parceiros e relacionamentos. Elas também se sentem mais protegidas e confiam em seu parceiro – e, por isso, conseguem regular melhor suas emoções em momentos complicados da relação.

Esses resultados advêm de um estudo que analisou 73 pessoas desde o nascimento até a consolidação de um relacionamento amoroso. Em dado momento, elas foram orientadas a iniciar uma discussão acalorada com seu parceiro: os pesquisadores puderam, então, avaliar como os casais se comportavam após a briga, e constatou-se que alguns deles foram capazes de rapidamente desenvolver uma conversa agradável – enquanto outros ficaram “presos” na discussão e não conseguiram seguir adiante. Estes últimos teriam, portanto, menos chance de permanecerem juntos futuramente. 

Por fim, a primeira autora do estudo ainda afirma que basta que apenas uma pessoa seja a influência de “calmaria” do casal – ou seja, não é necessário que os dois tenham um apego seguro para que o relacionamento dure mais tempo.