Falamos muito sobre os pontos negativos do excesso de jogos: isolamento, vício, alterações de humor e até mesmo a influência em quadros de ansiedade e depressão. 

Porém, um novo estudo desenvolvido pela Universidade do Texas focou em outro aspecto: as conexões sociais no mundo dos videogames.

Os pesquisadores analisaram uma rede social composta por membros de um site de jogos de simulação de futebol: eles entrevistaram 37 membros no início da temporada do jogo e 40 no final, com 30 membros representados em ambas as amostras.

Foram coletados dados sobre idade, sexo e outros fatores demográficos, além do número de horas que os membros passavam no site de jogos e jogando outros videogames. 

Os membros também responderam a perguntas sobre sintomas depressivos e a capacidade percebida de conversar com alguém sobre problemas. Eles também foram solicitados a listar as pessoas da realidade e do site de jogos com as quais conversavam sobre questões importantes da vida.

O estudo constatou que os membros que relataram mais suporte social online e aqueles que relataram menos suporte na vida real tinham mais probabilidade de buscar outros membros. 

Também foi constatado que as conexões de comunicação eram mais propensas a se formar quando as comunicações eram recíprocas ou transitivas (envolvendo grupos ou conjuntos de três pessoas). Além disso, jogadores que passavam mais tempo no site tinham mais probabilidade de ter conexões de comunicação. 

Aqueles que sentiam um maior senso de comunidade e valorizavam fazer parte do site tinham mais probabilidade de estabelecer conexões de comunicação ao longo do tempo; por outro lado, quem relatou sintomas depressivos mais intensos tinha menos probabilidade de estabelecer conexões com outros membros ao longo do tempo.

Isso reforça pesquisas existentes sobre as conexões entre saúde mental, suporte social e jogos online e apontam para a necessidade de mais pesquisas nas complexas relações nessas áreas. Pesquisar mais sobre esses aspectos pode ajudar a melhorar a conexão social e a saúde mental de comunidades (e pessoas!) isoladas socialmente.