Julio Gonçalves

Conteúdo escrito por Jennifer Craco

Imagine uma discussão, em que a outra pessoa tem uma opinião radicalmente diferente da sua. O mais comum é que você tente argumentar apontando as contradições no discurso ou no raciocínio do outro, concorda? 

Mas uma pesquisa recente sugere o extremo oposto: concordar de maneira “extrema” pode ser a melhor forma de mudar a mente de alguém.

Mostrar uma versão muito extrema das opiniões mais profundas de alguém pode fazer com que essa pessoa reflita melhor sobre suas crenças. O estudo em questão avaliou isso por meio do recrutamento de 150 israelitas divididos em dois grupos. Ambos assistiram a um vídeo sobre o conflito (de décadas de duração) entre Israel e Palestina. 

Porém, o vídeo tinha duas versões: um dos grupos viu uma película que sugeriu que o conflito deveria continuar, pois os israelitas são a nação mais moral do mundo, e muito consistentes com a própria moral; o outro, um vídeo neutro. 

Por fim, aqueles que viram o vídeo enviesado tinham 30% mais chances de repensar seu posicionamento sobre a guerra do que aqueles que viram o vídeo neutro. 

Porém, há algumas ressalvas. É possível que a pessoa, ao invés de sentir que deva repensar suas noções de mundo, realmente acredite nas mensagens que está recebendo. 

Além disso, os indivíduos não tendem a expor a si repetidamente a informações que vão tão fortemente contra suas próprias crenças. 

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Júlio Gonçalves

Psicólogo e Supervisor

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