Julio Gonçalves

Conteúdo escrito por Júlio Gonçalves e Jennifer Craco

Cientistas estão explorando a incrível capacidade de decodificar a atividade elétrica do cérebro para recriar música. 

Um estudo recente analisou dados de 29 pessoas com eletrodos cerebrais implantados e as fez ouvir a música “Another Brick in the Wall, Part 1” do Pink Floyd. 

Enquanto ouviam, os eletrodos registraram a atividade cerebral relacionada a elementos musicais como tom, ritmo, harmonia e letras. Usando aprendizado de máquina, os pesquisadores reconstruíram um áudio distorcido, mas identificável, do que os participantes estavam ouvindo.

Já houve estudos anteriores que reconstruíram palavras ou imagens a partir da atividade cerebral, e você pode até tê-los visto por aqui. No entanto, é a primeira vez que a música foi sintetizada a partir de dados cerebrais. 

Os resultados mostraram que partes específicas do cérebro respondiam a diferentes características musicais. Isso pode ter implicações significativas na tradução de ondas cerebrais em fala humana, já que a fala também contém nuances melódicas, como entonação e ritmo. Essa tecnologia poderia ajudar pessoas que perderam a capacidade de falar devido a condições como derrame ou paralisia.

Embora seja um avanço emocionante, ainda existem desafios a serem superados. A pesquisa dependeu de implantes cerebrais para registrar a atividade cerebral, mas os cientistas esperam que técnicas de gravação menos invasivas se tornem viáveis. 

Além disso, o processo atual de reconstrução, infelizmente, é lento em comparação à fala natural. Os pesquisadores esperam melhorar a clareza da reprodução e a resolução da atividade cerebral no futuro. Até lá, ficaremos acompanhando as evoluções da ciência na área!

Dá um confere no resultado!

Tu, L. (2023, August 15). Neuroscientists Re-create Pink Floyd Song from Listeners’ Brain Activity. Scientific American. https://www.scientificamerican.com/article/neuroscientists-re-create-pink-floyd-song-from-listeners-brain-activity/

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